Dentre as várias lendas que povoam o imaginário popular guarapuavano, encontramos a história do monge João Maria. O "profeta", como ficou conhecido, surgiu na região Sul do Brasil no final do século XIX, durante um período de grande tensão política e social. A lenda conta que ele passou nove meses em Guarapuava. Não aceitava abrigo nem comida, era vegetariano.
Ao observar que uma tempestade se
aproximava, o profeta se escondeu embaixo de uma árvore. Um casal que
morava próximo ao local onde ele dormia pensou que aquele homem era um
mendigo. Penalizados com a situação, o dono da casa foi ao seu encontro
oferecendo-lhe abrigo. Ao chegar perto de João Maria, o homem se
assustou. João estava calmamente a principiar um fogo e fazendo chimarrão,
convidou-o para abrigar-se em sua casa e João Maria respondeu:
- Não se preocupem comigo, vou benzer a
tormenta, vá para a casa e tranquilize a sua esposa.
O homem contrariado com a recusa do monge,
voltou para a casa dizendo à esposa:
- Acho que o homem lá é louco, vendo que vai chover
está acendendo um fogo.
Nesta tarde choveu muito e quando a tempestade
passou, o dono da casa resolveu ir até a casa de sua mãe, e ao chegar
perto da árvore onde o monge se abrigou, assustou-se. O fogo estava aceso
e debaixo da árvore o chão estava seco. Admirado com o que viu, chegou na casa
da sua mãe, contou o que havia acontecido e ela disse:
- Eu vi, ele passou por aqui. Você estava diante
de um homem santo, ele é um profeta e quem guardar seus ensinamentos não
perecerá.
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